quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Lua Cheia

Sentado no canto todo sozinho,
encarando do fundo da minha alma,
observando a noite entrar pela janela, janela.

Vai tudo desabar essa noite, a lua cheia está aqui denovo
Na doença e na saúde, compreendendo tão despendioso
Isso não tem nome, existe um pra cada estação
Torna ele louco saber

Correndo pra longe de tudo isso
"Eu estarei a salvo no milharal", ele pensa
Caçado pelos seus,
novamente ele sente a lua subindo no céu

Acha um celeiro no qual pode dormir, mas pode ele esconder mais
Alguém na porta, compreendendo muito despendioso
Pode isso estar errado, é amor que não está acabando
Faz ele louco saber

Ela não deveria trancar a porta aberta
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Lua cheia está no ceu e ele não é mais um homem
vê a mudança nele mas não pode
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Vê o que se tornou o seu homem... (Lua cheia)

Nandando pela costa,
a noite é cinza, tão calmo hoje
Ela não quer esperar.
"Nós temos que fazer nosso amor completo essa noite..."

Na névoa da manhã ele não pode mais lutar
cem luas ou mais, ele esteve uivando
Bate na porta, e grito que está logo acabando
Bagunça no chão denovo...

Ela não deveria trancar a porta aberta
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Lua cheia está no ceu e ele não é mais um homem
vê a mudança nele mas não pode
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Vê o que se tornou o seu homem...

Ela não deveria trancar a porta aberta
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Lua cheia está no ceu e ele não é mais um homem
vê a mudança nele mas não pode
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Vê o que se tornou o seu querido homem...

Ela não deveria trancar a porta aberta
(corra pra longe, corra pra longe, corra pra longe)
Lua cheia está no ceu e ele não é mais um homem
ooohhhhuu oohhhooouuu
Vê o que se tornou o seu homem...

Sonata Árctica

:D :D :D :D

Em homenagem ao meu grandíssimo e queridíssimo amigo Marcelo Henrique Lefluflu Lefli.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Sweeded Poems

É nóis pra sempre mano

Mina eu te curto pra caralho, assim muito mesmo
Mas num vai dando nas língua com as verdade assim de sentimento não morô
Porque, tipo, pra mim cê é tudibão, pra falá e pra trepá
Dae eu nunca sei que diabo é que eu quero fazer cocê.

Tipo eu te curto porque nóis se ajudamo e tal
E quando nóis tá longe a gente se liga mais nóis assim memo sente falta
Por isso que eu faço memo com você o que eu quiser
E quando eu quiser, tá ligado!

Tipo de vez em quando nóis parece uns cachorro loco
Só trepa trepa trepa, faz mais nada porra!
E num passa né, aqueles pó de guaraná ajuda pra caceta.

Mina, de mandar vê assim e ajudar e tal com você tanto
Tô fudido, porque quando você ficar toda caida e eu te chutar
Acho que eu até vô ficar triste por ter gostado de você mais do que quase nada, como sempre.

by manow mp

Sweeded!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Falando de China...

CHINESE DEMOCRACY MERMÃO!

Agora falta ouvir e ver se é bom.
Aliás, falta nada.
br.myspace.com/gunsnroses
Achei legal. Mas nada comparado ao antigo Guns. Mas comparação, porra, num curto isso também, então é massa. Yeah.

Quando o cd sair mesmo, tipo, na loja, com aquela capinha de plástico e aquele preço de 3 noites no rock (default currency), acho que o mundo acaba. Ou nasce o motor de Improbabilidade Infinita, e daí vai ser engraçado pq, de qualquer forma, o mundo acaba.

Não entendeu? Se vira.

Porcos são tatuados na China


“Fazenda da arte” do belga Wim Delvoye, localizada na periferia de Pequim, faz tatuagens em porcos. Seus clientes são produtores locais, que depois vendem os animais “marcados”, abatidos ou não, para colecionadores. Porcos são tatuados com desenhos variados, como personagens de desenhos animados, especialmente da Disney, além de imagens de santos, deuses, retratos pessoais e símbolos.

Era só o que faltava né. Rolava mais um programa de tatuagem solidária - tipo um criança esperança da tinta na pele! "Doe agora e faça um companheiro do rock feliz.". Eu topo!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gol!

Pessoal, estou aceitando indicações, argumentações fanáticas, quantias em dinheiro e ações da Vale pra adotar o time seu.
Mas já num aguento mais falar que o São Paulo é um merda.
Deve ser uma merda mesmo.

Ou você achava que poesia e rock eram nada a ver?

A puta

Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na Rua de Baixo
onde é proibido passar.

Onde o ar é vidro ardendo
e labaredas torram a língua
de quem disser: Eu quero
a puta
quero a puta quero a puta.

Ela arreganha dentes largos
de longe. Na mata do cabelo
se abre toda, chupante
boca de mina amanteigada
quente. A puta quente.

É preciso crescer
esta noite a noite inteira sem parar
de crescer e querer
a puta que não sabe
o gosto do desejo do menino
o gosto menino
que nem o menino
sabe, e quer saber, querendo a puta.


Drummond.

sábado, 2 de agosto de 2008

Depois de Berlin... Parte 2



A gente no bar de gelo, passando frio.



O Clidi no cruzeiro, indo pra Barcelona.



Castelo de São Jorge.



Os hilários guardinhas do Vaticano.



Vista de cima do castelo São Jorge.



Basílica de São Pedro, por fora.



Denovo.



Por dentro.



Pé do clidi no esquema do livro do Dan Brown "Anjos e Demônios"



A gente comendo um macarrão quando nos zuaram e trouxeram uma panela mesmo.


Então, houve um problema e não foi possível que eu terminasse o post anterior de forma correta. Portanto, vou continuar aqui.

Praga, poir bem. Lá, andamos um pouco, conhecemos um pouco da cidade, e foi isso. O interessante é que a inércia nossa de cada dia nos impediu de presenciar o que deve ser um momento interessante. Aconteceu o seguinte: estávamos nós, na praça central da cidade, sentados em um banco e batendo papo (é incrível como o assunto não se esgota, nunca). Uma galera começou a se juntar em frente à lateral de uma igreja que ali havia, e ficamos observando. Devia ser mais ou menos 10 para as 9 da noite. Depois de dez minutos, observamos palmas, inúmeros flashs de câmeras e muita algazarra. Só muito tempo depois, já em Portugal denovo, descobrimos que ali havia um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, um tal de relógio astronômico sei lá das quantas. E nós perdemos isso! Deu uma dor viu, credo. Mas é assim mesmo, é o problema de visitar uma cidade sem nenhum conhecimento prévio da mesma. Acontece. Depois disso, fomos pra um buteco, bebemos algumas cerveja e de volta pro albergue.
No outro dia, fomos pra Roma. Mas essa viagem foi memorável. Primeiro porque o trajeto foi todo feito em trens que paravam de meia em meia hora em várias estações da Rep. Tcheca, Áustria e Itália, com a gente sentados em poltronas desconfortáveis por 20 horas, e segundo porque a gente estava sentados em POLTRONAS DESCONFORTÁVEIS POR 20 HORAS. Deu pra sacar como foi ruim? Como foi quebradeira? Cruz credo, devo ter durmido umas 2 horas só nessa viagem.

Aqui a gente entra em Roma. É importante observar que o Lucas, já tendo morado lá por 3 meses, nos deu um grande resumo da cidade. Basicamente, segundo ele, Roma era a metrópole da bagunça, com pessoas grossas e motoristas aloprados tentando sempre matar uns aos outros. Acho que foi isso que me fez gostar tanto da cidade, o fato de chegar lá e não ver absolutamente nada disso.



Roma é, em termos gerais, um grande concentrado de igrejas, obeliscos, fontes e ruínas. Mas assim, muito de tudo. A cada contorno de esquina você se depara com uma grande igreja, ou com um obelisco todo maluco e antigo, ou com uma fonte cheia de estátuas e (obviamente) água jorrando pra tudo que é lado, mas mais frequentemente com isso tudo junto. E é tudo muito maravilhoso. Vou falar mais sobre os destaques.
Primeiro, o Coliseu, claro. O Anfiteatro Flaviano, o verdadeiro nome da ruína, é uma coisa colossal e meio... bobo. Sim, claro, é um monumento famosérrimo e cheio de glamour, com uma linda iluminação noturna, mas é isso e nada mais. Não me senti muito impressionado pelo dito cujo. Mas é bonito e, acima de tudo, é grande.
O Panteon e a Fontana di Trevi (Fonte das Trevas). Essas duas estruturas, uma bem perto da outra, são maravilhosas. O panteon é um antigo templo pagão romano que foi hoje transformado em igreja. Dentro, com um interior perfeitamente esférico, várias obras de arte, esculturas e mosaicos principalmente, adornam as paredes. Seu icônico teto furado deixa entrar até mesmo chuva. A Fontana di Trevi é a maior fonte de Roma, que se localiza no fim de um antigo arqueduto. É uma estrutura muito impressionante. Lá, seguindo a tradição, nós jogamos uma moeda cada um, o que teoricamente quer dizer que um dia voltaremos a Roma.
O famoso e imponente Vaticano. O menor país do mundo é muito massa viu galera. Primeiro começa com a Praça de São Pedro, uma grande área cercada com inúmeras colunas e com um grande obelisco no centro, que dão um ar de grandeza pro esquema. A Basílica de São Pedro em si foi o que eu achei mais impressionante em Roma. Primeiro que a bixa é gigantesca, do tipo de você entrar dentro dela e ficar sempre repetindo na cabeça "como é que esse povo fez isso aqui naquela época hein?". E ela é linda. Cheia de altares, colunas todas enfeitadas com tudo que tem de bonito no mundo (inclusive uns desenhos com umas mulheres de peito de fora, uahuaha), teto maluco cheio de pinturas contando a vida de Jesus. Muitíssimo interessante. Fica fácil entender a galera "temente a Deus" de tempos atráz, porque entrar nessa coisa gigante e maravilhosa e ouvir dizer que essa é a casa de Deus impõe respeito mesmo viu. Visitamos a parte subterrânea da Basílica, onde estão as tumbas dos papas, e as pessoas fevorosas ajoelhadas em frente delas, rezando como se o mundo estivesse acabando. Bebemos a santa água de uma das fontes do local, que era de fato muito gostosa, fresquíssima. Santidade engarrafada!
Teve também o museu do Vaticano e a Capela Sistina. Museu é aquele esquema né: muitas esculturas, muitas pinturas, jóias de num sei quem, pratarias, tapeçarias, aaaaaaaaahhhhh. Fomos olhando tudo de relance mesmo, porque museu já encheu o saco. No fim, entramos na capela, aquela, famosérrima, onde acontece o Conclave e se escolhe um novo Papa. Capela Sistina. Ela é pequena, com teto alto com aquelas pinturas de Michelangelo que todo mundo já viu na vida, lotada, com guardinhas o tempo todo gritando que é proibido tirar fotos e pedindo silêncio. As pinturas no teto e paredes são legais, mas a capela mesmo não é muito impressionante, o que é meio que regra para as coisas mais famosas do mundo.
Em Roma também fizemos mais do que ir em monumentos. Fomos em um bar feito completamente de gelo! O esquema chama-se Ice Bar (duh neh), e funciona da seguinte maneira: depois de pagar (duh denovo neh) eles te dao uma capa estranha pra te proteger do frio e te levam pra dentro. E é um frio! Cruz credo! -5 graus Ceusius. Lá cada um tem direito a uma bebida, o que não inclui cerveja, porque essa congela nessa temperatura. Mandei uma coisa de vodka com chocolate e depois comi o meu copo, porque o mesmo também era feito de gelo e eu, uai, tava com sede. Massa isso né. Prático.
Pois bem, Roma foi isso ai. Mas é agora que tudo começou dar errado. O plano era o seguinte: aproveitar os últimos dois dias de passe de trem para chegar em Lisboa, onde ficava massa pra gente voltar cada um pra sua respectiva casa quando o tempo viesse. Era pegar um trem pra Milão, de lá pra Barcelona, depois Madrid e, finalmente, Lisboa. o problema é que o trem de Milão pra Barcelona estava lotado. Paramos, pensamos e, finalmente, decidimos pegar um cruzeiro.

Hã? Um cruzeiro?

Uhauhauhauauhua!

Explico.

Existe um cruzeiro que sai de Civitavequia (cidade perto de Roma) e, depois de 19h, chega em Barcelona. Como ficamos sem opção, e passagem de avião era mais caro, embarcamos nessa coisa ae. E foi massa demais! Cruzar o mar Mediterrâneo já é legal demais, ainda mais quando se está em uma embarcação com 6 garrafas de vinho, piscina, cassino e tudo mais! Ficamos bebendo vinho e olhando para a imensidão azul do oceano. Que bonito, que beleza! Chegamos em Barcelona e fomos pra Madrid. Lá, mais um problema: trem para Lisboa todas as poltronas estavam vendidas. Tivemos que desembolsar mais grana e ir em cama. Trocando em miúdos: fizemos uma jornada de gente rica sem querer! Assim, sem absolutamente a menor intenção! Massa isso né.

Em Lisboa de novo, não perdemos a chance de mandar um turismo mochileiro. Foi por isso mesmo que no primeiro dia que lá chegamos ficamos no albergue o dia inteiro jogando Settlers of Catan, um jogo de tabuleiro. Massa isso né! Compramos 10 litros de ceva ("muito barato, vamo comprar muito mesmo") que nós obviamente não conseguimos beber sozinhos. Assim, gritamos "cerveja gratis!", o que reuniu franceses, estonianos, belgas, brasileiros, ingleses e americanos em volta de uma mesa batendo papo. Isso é sempre bom demais né!
No outro dia fomos visitar o Castelo São Jorge. Finalmente um ponto turístico de Lisboa que conhecemos! E o castelo é muito massa. No alto da Alfama, que como eu já expliquei, é uma colina da cidade, de lá de cima dá pra ver tudo. 360 graus de visão. Muito bonito. Saímos, fomos ao Banco do Brasil, realizamos diversas e fartas transações monetárias com nossa grana infinita, perguntamos onde existia um restaurante brasileiro e pra lá fomos. Comi arroz, feijão, bife e batata frita! Comida igual a nossa não há mesmo. Que saudade eu estava disso. Os meninos, claro, ficaram nos nabos, alfaces, legumes, frutinhas, enfim, comida de viado, digo, vegetariano. Huahuahuahha, zueira. Ficamos nesse lugar um boooom tempo batendo papo porque o rango foi pesado viu. Depois da siesta, voltamos pro albergue, pegamos nossas malas e zarpamos pra Coimbra.
Aqui deu tudo errado denovo. De um jeito chato, até. Foi assim, chegamos na casa do Lucas e dormimos. Ok. De manhã, a galera mandou um sermão da montanha nele rapaz! "Porque aqui a gente não está acostumado a acordar e ver gente que não conhece tomando banho! Essas coisas tem que ser conversadas Lucas, isso não pode ser assim não. Aqui existem regras e" blablabla. Foda-se! Saimos de lá e logo viemos pra esse albergue muito loco de 10 euros ao dia. O fato todo me lembrou disso aqui. Huahuahuahahuha ótimo isso.
Bem, ontem a gente foi pro shopping, comeu de novo comida brasileiríssima e depois assistiu.... Batman!!! Yeahhhhhh massa demais esse filme viu. Interessante é que aqui tem intervalo no cinema. O batman tá lá no maior cacete com a galera, de repente para o filme, as luzes acendem e é isso ae! 7 minutos! Tempo! Time out! Uhauhauhahah. Joia demais. Hoje mandamos um macarrão maluco e eu assisti 3 filmes! Pois é, mochilão pode ser ócio também ué, não vejo problema nenhum.

=*

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Depois de Berlin...

Então pessoal, tardo mas não falho.

Como todos já devem saber pelo blog do clidi, nós não fomos diretamente para Roma. Vou explicar com mais detalhes o que aconteceu.

Um dia antes de sairmos da capital alemã, concluimos que ir diretamente pra Roma seria a forma mais barata de continuar o mochilão. Isso porque nosso passe de trem acabava (e acabou) dia 29/07, que teoricamente era o dia planejado para pegar um trem de Madrid para Lisboa. Como vocês verão a seguir, nada disso aconteceu.

Começou com um susto. Se eu me lembro bem, estava sonhando com um arroz com feijão preto da minha mamãe (delicioso, ainda mais com aquelas maravilhosas rodelas de paio), quando do nada me acordam com uma notícia que tornava nosso roteiro inexistente ainda mais zuado:

"Marcão, acorda ae que a gente ta indo pra Praga"
"..."
"Acorda ae ou. Praga mano. Anda."
"Praga? Num era Roma?"
"Mudou."
"Uai, beleza."

E dessa forma, ignorando o único planejamento que de fato existiu nessa viagem maluca nossa, embarcamos num trem para a República Tcheca.

Praga é uma cidade engraçada. Primeiro que mesmo antes de desembarcar do trem, várias pessoas já vem oferecendo estadia. Dá a impressão que a cidade ainda não se adaptou ao turismo violento característico da Europa. E são tantas ofertas que fica até desconcertante, visto que um cara oferece um albergue, o outro vem e fala "Não, esse ae num presta, esse aqui que é bom". Nossa opção baseou-se, principamente, em cerveja.

Explico.

Ainda no trem, uma mulher nos abordou oferecendo um albergue por 225 korunas (9 euros +-) e que, perante a apresentação de um tal papelzinho que ela nos deu, ganharíamos uma cerveja cada um. Fazendo as contas, comparando com os preços do resto da europa, 9 euros é praticamente o preço de uma cerveja. Logo, não sobra muita dúvida.

Chegando lá, rapidamente entendemos o motivo de tudo isso, e o porquê desse albergue funcionar somente no verão: uma quadra de basquete / futebol adaptada para abrigar uns 90 mochileiros inocentes, com vários armarios, daqueles de escola, com cadeado e tal, servindo de parede entre umas camas e outras. Como somos três gajos do Rock, não nos preocupamos com esses chulos detalhes arquitetônicos do local, e ali mesmo nos hospedamos. Muito interessante também eram as placas, espalhadas por vários lugares do albergue. Alguns exemplos:

  • Na porta do banheiro: "Queridos meninos, se for grande a necessidade de aqui discorrer sobre teorias filosóficas, políticas, sociais ou outras baboseiras quaisquer, por favor, use essa folha em branco ao invés das paredes e porta. Grato."
  • Na entrada do banheiro masculino, que se localiza no segundo andar: "Queridas meninas, por favor continuem subindo para o banheiro feminino. Lamentamos o incômdo, mas nossos meninos bêbados não parecem se importar e param por aqui de qualquer jeito."
Enfim, eram inúmeros detalhes muito bem humorados, que deixavam a galera sempre em ritimoooooooooooo, é rítimo de festaaaaaaaaa.
Praga. A cidade é muito bonita, sim. Mas nós andamos tão pouco por lá que nem deu muito de ver de qual é. Mas isso não quer dizer que não foi bom.

sábado, 26 de julho de 2008

Entra no blog do clidi galera!

O safado conseguiu colocar um video no ar. Ta que eh um video meio duh que soh mostra o lucas falando coisas sem sentido, mas assim mesmo, eh um video!!!
Depois eu posto mais aqui, to usando uma net meio que sem autorizacao :D

clidi.blogspot.com

terça-feira, 22 de julho de 2008

O muro caiu mesmo viu

Pois eh, ca estamos na boa (assim, nem sempre, claro) e velha Alemanha.
Vamos comecar do comeco.
O hostel, ou albergue, Pegasus o nome, eh bem legal. Ja falei que o clidi e o lucas foram no hospital e tal neh. Pois entao, no outro dia, nos acordamos felizes e descansados, tomamos um cafe da manha bruto pelo qual nos nao pagamos (tipo, era 5 euros a mais na diaria, muito caro. Dae nao pagamos e comemos assim mesmo) e saimos para conhecer a cidade.
Detalhe, foi a primeira vez que fomos fazer um tour com um guia. Esse eh denominado Free Tour. Isso, claro, porque eh gratuito, mas, nem tanto. Funciona na base de gorgetas no fim. Em quase todas as cidades que passamos existia algo desse tipo, mas soh agora vimos que eh muito bom. Como diz o outro, se fudemos.
Continuando, saimos com uma galerona, indo pro ponto de encontro, na Praca de Paris, em frente o StarBucks.
"Perai, por que diabos existe uma praca em Berlin chamada Praca de Paris?"
Nao tema, eu explico. Eh uma otima historia.
Em mil oitocentos e bolinha, o baixinho mais invocado que ja passou por esse mundo (nao o Romario, pelo amor de deus), Napoleao Bonaparte, conquistou Berlin (junto com 70% do velho mundo). Ca chegando, ele ficou maravilhado com a estatua da deusa da paz, que se encontra em cima do unico portao que sobrou da antiga muralha que cercava a cidade, que por sua vez se encontra, aha!, na Praca de Paris (que antigamente chamava simplesmente Praca, jeito alemao de nomear as coisas). Nesses tempos, a praca era simplesmente um lugar para o portao, onde a deusa da paz reinava sozinha, varrendo com o seu olhar toda a parte interna da cidade.
Entao, o safado roubou a estatua e enfiou ela no Louvre, junto com outras trocentas mil (e uma copia dela esta la ateh hoje). Eventualmente, nao lembro se depois da WWI, a estatua foi recuperada pelos alemaes. Eles a recolocaram no lugar, mudaram ela de deusa da paz pra deusa da Vitoria, renomearam a praca pra Praca de Paris e fizeram a estatua olhar diretamente pra embaixada francesa, que esta ali do lado. Aha! Sacou? Vitoria reina sobre Paris. Yeah. Eu gostei demais dessa historia.
Ta bom, eu continuo a contar o dia. Meeeh.
Saimos da praca e fomos andando, sempre ouvindo as explicacoes historicas do guia (que era um americano hilario). Visitamos o Reichtag, que eh o parlamento, ouvindo sobre o misterioso incendio que botou a baixo esse predio e serviu como desculpa para que Hitler subisse definitivamente ao poder; visitamos o memorial do holocausto, que eh um monte de blocos de pedra espalhados sem um formato ou ordem definida, e sem nenhuma explicacao definitiva do arquiteto, que diz pra cada um interpretar do seu jeito (que, no meu caso, acho que quer dizer que, sabe, entao, eh isso. [afinal de contas, esse nem era o projeto que ganhou. Inicialmente, era pra existir onibus que levariam gratuitamente a galera pra um monte de lugares importantes que se relacionam ao Holocausto, mas isso era afirmar que tal coisa realmente aconteceu, e entao eh tudo muito bobo. Foi terminado soh em 2006 o monumento. Atrasinho de nada neh, esses 50 anos.]); visitamos o Checkpoint Charlie, que foi o mais famoso e importante ponto de passagem de um lado pro outro de Berlin, na epoca do muro (ali do lado tem um monte de lojinhas vendendo um pedaco do muro a preco de ouro); visitamos tambem uma praca que eu nao lembro o nome que tem duas catedrais quase identicas, que eu tambem nao lembro o nome (esses nomes alemaes sao impossiveis de memorizar. A estacao de trem mais perto da nossa casa aqui se chama Ostbahnhoff); finalmente, fomos ao Museum Island, que eh uma ilha onde a cidade comecou e que, hoje, abriga uns 1947 museus (ou 5). Muito bonita e legal e cool. Ali sentamos, batemos um papo massa com o guia e fomos pra casa.
No outro dia, que no caso eh hoje, fomos ao campo de concentracao aqui perto de Berlin que, novamente, tem um nome bizarro que num da pra gravar nem a pau. Foi muito interessante.

...

...

Hehehehe.

Zueira.

Entao, o campo eh uma area gigante que era dedicada a trindade da crueldade: trabalho forcado, experimentos cientificos e, finalmente, exterminio de seres humanos. Ele eh composto de um grande campo de trabalho, uma enfermaria, os "dormitorios" dos prisioneiros e a "Area Z", que eh o crematorio mais zona de fuzilamento. O nome eh uma zueira que os soldados da SS faziam, pois sendo a letra z a ultima do alfabeto, analogamente era essa o ultimo lugar onde os prisioneiros estariam com vida. Pff.
Dentro de cada uma dessas estruturas existe uma avalanche de informacoes, explicando como funcionava um campo de concentracao. Pra resumir, os prisioneiros estavam sempre no limiar da morte por inanicao, os soldados nao perdiam um momento sequer quando qualquer tipo de sadismo era cabivel, a enfermaria era na verdade um circo de horrores onde multilavam e experimentavam com seres humanos vivos e, pior ainda, conscientes, o trabalho forcado e imenso matava muitos por exaustao e, aqueles que sobreviviam a tudo isso, restava a Area Z. Trocando em muidos, terror. O pior eh que quando os alemaes viram comecar desmoronar seus exercitos, imediatamente comecaram uma rotina emergencial de execucao, que tinha como objetivo matar todos os prisioneiros. Inacreditavel.

Eh muito importante aprender e respeitar esses acontecimentos do passado, mas o mais importante eh que facamos de tudo para que algo assim nunca mais aconteca.

E ateh nisso o mundo jah falhou: eh soh olhar para a Africa e seu inumeros genocidios e guerras civis.

Mas isso eh outro assunto. Mesmo hoje o odio por esse absurdo ainda existe. Como exemplo eh soh lembrar do museu de cera Madame Tussaud: no primeiro dia de exibicao do boneco de Hitler, um cara arrancou a cabeca do dito cujo gritando "Paz!". Ninguem discorda.

E pensar que o movimento neo-nazista e o partido de extrema direita estao ambos bombando aqui na Alemanha. Pqp.

Pois bem. Depois desse banho de horror, viemos pra casa. Amanha estamos indo pra Roma.
Berlin eh isso ae pessoal: eh o palco unificado dos eventos mais relevantes do seculo passado. Eh o resumo de tudo o que aconteceu para definir o mundo de hoje. E eh tudo muito massa demais da conta.

Olha soh, esquece esse esquema do meu pe. Ta tudo certo gente, relaxa, vai dar certim demais da conta mesmo.

E eu fiquei sabendo das leituras em alto e bom som. Soh aviso que o Governo pode achar que voces estao tramando alguma coisa e prender todo mundo. "Sei la, esse povo lendo sobre um monte de monumentos em um monte de cidades importantes, soh pode ser uma celula terrorista"

Como diria o Simao, "Que eu vou pingar meu colirio alucinogeno, e quem fica parado eh poste. Hoje, soh amanha." Berliner Pilsen time!

domingo, 20 de julho de 2008

Tempo livre, blogging

Entao, o Lucas e o Clidi foram ali no hospital tentar pegar uma receita pra comprar um remedio, lembrando que o Lucas ta meio perrengue com uma gripe ou sinusite qualquer. Eu, como meu pe esquerdo ta meio zicado, fiquei. Entao aqui estou, e venho para falar um pouco sobre as grandes metropoles europeias em geral.
Primeiro, pombas estao em todos os lugares, como de costume. E as pombas de ca do Atlantico nao sao menos estupidas ou irritantes. Em alguns lugares elas se tornaram verdadeiros monumentos turisticos, com pessoas a alimenta-las constantemente. E incrivel ver tanta pomba e tao pouco escremento que lhes e caracteristico. O servico de limpeza publica aqui leva a serio esse esquema de pombas turisticas. Para maiores comparacoes, e uma eventual depreciacao dos servicos publicos brasileiros, vide o Pombal da praca dos tres poderes. Eca.
Outra presenca constante sao as ambulancias. Em qualquer lugar das cidades que visitamos, sempre nos deparamos com o som exasperado dessas. Fica a duvida se sao elas tao frequentes pelo simples fato de atenderem imediatamente a chamados de urgencia ou se, por obra de turistas sem nocao, serem elas mais solicitadas do que nas ricas terras do interior de Minas Gerais.
Na maioria dos lugares, fazendo bom uso do bom senso, para atravessar a rua, basta comecar. Esse esquema de por o pe na rua e todo mundo parar faz, aqui, todo o sentido. E muito tranquilo.
Obedecendo as indicacoes da minha querida mamae, eu tenho observado o pessoal de cada pais. Cada um deles age, veste, come e bebe diferentemente, mas todos tem caracteristicas que nos, brasileiros, podemos definir como exotico. Os espanhois, por exemplo, sao os mais expressivos e amigaveis que aqui encontramos, ateh o momento. Em Pamplona, talvez devido a concentracao absurda de alcool no sangue de todos os presentes, toda a vez que abriamos um mapa para nos localizar, pessoas nos abordavam oferecendo "ajuda", visto que essa ajuda nem sempre resolvia nosso problema geografico. Sao engracados, falam alto, nao se preocupam muito com o mundo em volta. Em sua maioria, sao bebedores de cerveja e fumantes como ninguem.
Os portugueses, pelas experiencias que passamos, nao consegui observar muito. No pouco que fiz, vi que Portugal eh um pais velho, lotado de pessoas idosas a fazer todos os tipos de coisa, perambulando pela cidade, nos combois, autocarros, electricos. Lisboa, alias, nao traz aquela impressao europeia, que estamos de fato em terras com milhares de anos de historia. Parece muito com o Brasil, uma Olinda (pra quem la esteve) cosmopolita, cheia de ladeiras, bares, quitandas, cafeterias. Como diz a Naiara e o Lucas, Portugal eh o Brasil do lado de ca.
Os franceses. Esses sao realmente diferentes. Primeiro comeca pela a lingua. A sonoridade do frances eh muito diferente do espanhol e portugues. Nem mesmo pela a entonacao conseguia eu dicernir do que se tratava. E o jeito de vestir... diferente. Dava pra apontar e afirmar "essa eh francesa" soh pelo fato de haver uma saia estranha, ou um cachecol quase arrastando no chao, ou um corte de cabelo que nunca antes vi na vida, ou com piercings em lugares estranhos e com desenhos diferentes. Bem, sao exoticos. E sao meio chatos tambem, esses francesinhos.
Alguns detalhes que me chamaram a atencao, comuns a todos os lugares:
  • Nos onibus, eh o motorista que vende o bilhete. Nao existe combradores. Isso, inicalmente, parece impossibilitar uma boa fluidez do servico de transporte publico, visto que o carro fica parado uns bons minutos ateh que o motorista termine todas as transacoes. Mas nao, aqui eh tudo muito pontual e confiavel.
  • Cigarro. O povo europeu fuma demais. Nu. Acho que eh por isso que todo e qualquer cigarro aqui eh vendido a um preco exorbitante, provavelmente cheio de impostos. Em todos os lugares que nao sao abertos existe a informacao se eh ou nao proibido fumar e, quando eh permitido, existe a placa informando que ali pode, sim, fumar. E fumar em lugar proibido nao vale nao: 60 euros a multa. Ai!
  • Praticamente nao existem vendedores ambulantes. Nos grandes eventos que estivemos presente (final na Plazza de Colon, 14 de julho na praca da torre, San Fermin em Pamplona, festivais em Lisboa) nao havia ninguem vendendo uma cervejinha, um espetinho, um refrigerante. Isso, para nos brasileiros, que estamos mais do que acostumados a ver gente andando por ai com caixas de isopor nos ombros, eh realmente estranho. O primeiro pensamento eh que esse povo nao sabe ganhar dinheiro. Mas depois percebe-se que aqui, aparentemente, as leis sao mais respeitadas, e se nao paga imposto, nao vende. Mas que ia ser uma mao na roda, isso ia.
  • A visao que a maioria tem do Brasil eh peeeeessima. Nao eh ignorante, no ponto de questionarem como vivemos com macacos e bananais por todos os lados, mas ainda eh ruim. Falam do Rio de Janeiro como se fosse Bagda, sempre com um temor nos olhos. Os filmes, que todos viram e adoram, principalmente Cidade de Deus ("I loved City of God!"), acho eu, sao os responsaveis. Isso nao eh a imagem que o pais tem que buscar aqui fora. Muitas pessoas que vao fazer um mochilao na america do sul excluem o Brasil do roteiro. Tem base? Em compensacao, existem aqueles que simplesmente amam o Brasil. Como foi contado antes, vide o caso do canadense que fala portugues fluente, nunca esteve no brasil, torce para o fluminense e, para provar tudo isso, exclama bem alto "Argentina lixo!!". ninguem discorda.
A Europa, de tao maravilhosa e diferente, eh engracada.

Mas, vamos la, pegando de onde parei. Estamos em Berlin, antigo lado oriental, no Pegasus Hostel. Mas, antes disso, vou falar um pouco de Amsterdan.

Primeiro, o tempo. Eita tempo ruim. Que saco, chuva, vento e frio o tempo inteiro. Eeeee trem chato viu. Esse foi, acho, a primeira impressao da capital holandesa. Mas isso mudou muito.
Chegamos na Centraal Station (isso mesmo, com dois As) que, como o nome ja diz, eh a principal estacao ferroviaria da cidade. Ja haviamos reservado um albergue em algum lugar da cidade, entao pra la nos dirigimos. Como eu e o clidi estavamos muito perto de decretar falencia vestuaria, ja que estavamos usando as mesmas roupas a tres dias, fomos correndo para a lavanderia dar um jeito na situacao. Enquando a roupa era lavada, eu fiz aquele post anterior. No outro dia, acordamos, fomos pro outro albergue e saimos pra conhecer a cidade.
E que cidade.
Pra quem nao sabe, Amsterda, como muitas cidades holandesas, eh lotada de canais. Tipo veneza assim. Existe meio que um revesamento entre ruas e canais, no centro da cidade. Isso da um charme todo caracteristico, com pontes pra todos os lados, barcos no meio da cidade, etc. Bem legal. Outra coisa interessante sao os predios, tortos. Tipo assim, muito tortos mesmo. Respondendo a uma pergunta minha, o Geraldo, um cara que conhecemos em barcelona e topamos denovo em amsterda respondeu: "nao, isso nao era pra ser assim, foi tombando mesmo. Com essa terra lamacenta aqui, o povo pra fazer esses predios cavam ateh bater a pa no chifre do capeta. Soh depois metem concreto no buraco e torcem pra dar certo. Esses ai foram os que ficaram mais ou menos". UHAuahuahua que cara engracado.
Pois bem, saimos andando, comemos uma pizza e fomos em direcao ao Museu do Sexo. La, encontramos todo o tipo de midias sobre sexo imaginaveis, fotos de muito tempo atraz, videos, esculturas, reliquias da antiguidade de pintos gigantes, resumindo, era sexo pra tudo que eh lado. Saindo de la, ja de noite, fomos para o infame Red Light Distric.
Esse, claro, eh o maior ponto turistico da cidade. Pra quem nao sabe, eh nesse bairro de Amsterda que as raparigas que exercem a mais antiga profissao de todas exibem-se para a multidao. E eh exatamente isso o que acontece ali. A noite, em muitas ruas, existem umas portinholas com uma luz neon vermelha em cima (dai o nome do bairro); dentro, existem mulheres. Tudo o que voce tem que fazer para fechar um negocio eh se aproximar e conversar, ali mesmo, no meio de todo mundo. Eh engracado ateh. Como existe um sindicato (!), o preco eh mei tabelado nos 50 euros, 20 minutos. Por ali nos ficamos andando bastante, apreciando a, digamos, arquitetura dos edificios, e depois fomos pra casa.
No outro dia, visitamos o que pra mim foi um dos mais interessantes museus que ja fui: o Anne Frank Museum. Anne Frank foi uma menina judia que, junto com sua familia, durante a segunda guerra mundial, esconderam-se em uma casa em Amsterda que, hoje, eh o museu. Ali eles ficaram por pouco mais de dois anos, ateh que um dedo duro desconhecido os denunciou para a SS. Soh o patriarca da familia sobreviveu. Anos depois, ele conseguiu recuperar o diario da filha e mais tarde publicalo, "O Diario de Anne Frank". O museu conta com muitas informacoes sobre a vida deles no esconderijo, sobre a vida deles no campo de concentracao e a vida do pai que, depois de sobreviver ao inferno, se encontra sozinho no mundo. Eh um museu meio sombrio, que te deixa meio deprimido e pensativo, mas muitissimo interessante. Agora que estamos aqui em Berlin, acho que muitas atracoes terao essas caracteristicas. Pois bem, saimos do museu e ficamos a tarde toda batendo papo num restaurante no centro da cidade. Depois demos mais uma ronda na cidade, fomos pra casa e, finalmente, no outro dia, viemos pra ca.
Alemanha. Nem estava no nosso roteiro inexistente, mas ca estamos. Ateh agora nao deu pra ve muito, mas ja aconteceu uma coisa interessante.
Na estacao de trem, uma velhinha nos abordou e perguntou se precisavamos de um lugar pra ficar. Fomos com ela ateh um apartamento perto dali, que seria nossa casa naquela noite. Ja instalados, ela comecou a falar. E meu deus, como falava essa mulher. Ela nunca mais calou a boca. O tempo comecou a pregar aqueles truques, dilatando-se, passando soh 5 minutos quando horas pareciam ter decorrido, e a mulher falava. Quando ela deu uma pausa, que foi onde eu agradeci a todos os tipos de espiritos sagrados do cosmo pela bencao do silencio, o Lucas vem e pergunta pra ela em que lado ela vivia, na epoca do muro. Pra que. Nunca mais parou de falar denovo. Quando ela finalmente calou e foi pra casa, ja era noite a dentro. Eu e o clidi saimos e comemos, o Lucas ficou em casa tussindo e espirrando e fazendo o possivel pra encher o ambiente de micro-organismos nocivos a saude. Dormimos, acordamos e ca estamos. E eh isso ae.

Tentei ligar em casa, mas ninguem atendeu. 9h da manha de domingo e esse povo ja na rua. Credo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Retorno



Eu, no encontro das piramides no Louvre, teoricamente onde esta o Graal do Dan Brown.



Arco do Trinfo, visto de cima da Torre Eiffel.



Catedral de Notre Dame.



Eu, em cima da torre, com a cidade ao fundo.



Carro de F1 da Renault, que estava em exposicao por ali, do lado de uma loja da Louis Viton que, pasme, tinha fila pra entrar!




Priramide pequena, a Grande Piramide e a fachada do Louvre.


Entao galera, finalmente vou poder falar abertamente aqui. Estamos em Amsterdan, num hostel que mais parece um hotel maluco, onde a net eh 5 euros a hora, mas eu tenho que relatar os zilhares de acontecimentos ateh agora, entao o dinheiro vai ter que ir embora.
Vou comecar me desculpando denovo com a acentuacao e etc porque aqui nao tem, mas pelomenos o teclado nao eh maluco igual na Franca, onde a maioria das letras estao em lugares diferentes, vai saber porque. Nao vai dar pra colocar fotos tambem, paciencia.
Entao, terminamos em Pamplona neh. Sair de la foi uma lereia danada. Isso porque, com o tal do San Fermin, todo e qualquer meio de transporte para Madrid estava jah lotado. Pegamos, entao, um autocarro (onibus, em portugues de portugal) para... Zaragoza! Denovo! Credo! Ainda bem que ficamos la soh 5min, nem deu tempo de pegar mais pirulitos gratuitos. Rapidamente entramos no comboio (denovo, portugues de portugal para trem) para Madrid. Lah chegando, foi pegar o metro para a estacao de trem e partir para Lisboa.
Essa viagem foi tranquila e rapida, sendo um trem noturno. Porem houve um fato muito engracado. Estavamos nos, andando pelo trem para chegar no nosso vagao, e olhando as janelas, viamos o paraiso. Bonitas cabines com camas, banheiro, lavatorio, enfim, um hotel sobre rodas. O pico da animacao foi proporcional em tamanho ao vale da decepcao, quando chegamos em nosso vagao e descobrimos que camas foram transformadas em poltronas velhas, com a falsa ajuda de uma imaginaria reclinacao do encosto. Na Europa, a gente sente que tudo eh uma brincaderinha, que as coisas existem apenas por esse fato sozinho, e nao para servir de alguma utilidade aos cansados aventureiros tupiniquins.
Pois bem, terra do pastel de nata, do bacalhau e, que surpreza, das imensas ladeiras e colinas. CREDO! Subir essas ladeiras com uma mochila que mais parece um bebe esperneado (11kg) foi dificil. Enfim, chegamos ao albergue Alfama, um lugar habitado particularmente por mulheres maravilhosas da Latvia (ou Letonia), e que de todas as bandeiras do mundo no quintal, faltava a brasileira. Quando ralhando com a tia do proprietario, ela explicou que aquelas ja vinham prontas das lojas, e que se nao existia brasil, ela era a ultima a se culpar. Mas gostava das novelas, particularmente das brigas espalhafatosas que nao se via "por ca". Essa afirmacao, no entando, provou-se uma contradicao imediata, ao entrarmos no electrico, especie de bondinho que circula pelas ruas, onde uma velhinha de uns 70 anos, de sentada e sonolenta, passa a acusadora incansavel: "Este gajo com camisa cor de tijolo eh ladrao. Conheco-o da minha vizianca. Ja roubou. E ladrao." E os gestos! Ah que coisa engracada. O pior eh que, depois que desceu do carro o jovem acuado e acusado, a velhinha fez com os bracos como quem diz "Zuei!". Uahuahuhahuahuahuhauua. Seria a melhor cena em terras lusitanas se nao os porventuras que seguiram.
Depois de uma noite no Alfama, seguimos para a casa de 2 brasileiras e 1 brasileiro na area de Alameda, uma das sete colinas de Lisboa. La, encontramos um gajo que chamava-se Carlos Eduardo, que estava ali para ir ao primeiro dia do festival Super Bock Super Rock. "Uai, eh mesmo? E o que vai tocar la?" "Vixi macho, vai tocar o Iron Maiden e o Slayer". Nada mais precisava para me conquistar. O "macho" se deve a naturalizade cearense do ditocujo, de Fortaleza. Pois bem, o Lucas, namoradeiro que eh, queria ficar um tempo com a sua, que nao se viam fazia tempo. Fomos, entao, eu e o clidi com o rapaz conferir o festival.
Primeiro, fomos enganados. Disseram-nos que tal festa aconteceria a 5 minutos de caminhada de determinada estacao de metro, mas tivemos que andar mais de 30 para la chegar. Depois, fomos mais uma vez enganados, que ao nos posicionar de forma a nao fritar no sol em frente ao palco, praticamente assinamos nossos quase atestados de obito. Explico. O show comeca com uma fulana cujo nome nao me recordo, filha do Steve Harris, o todo poderoso do metal. Basico. Depois, entram a galera do Avenged Sevenfold. Aqui, comeca. Nesse ponto, vale um parentesis.
As rodinhas de porrada alimentadas pela frenesi de determinadas musicas que acontecem em alguns shows sao eventos sociais de desencapetamento. Essa definicao, posso afirmar com clareza de pensamento, eha melhor que consigo encontrar. O empurrar, chutar, cabecear e arremecar comeca e termina imprevisivelmente, de forma que o jeito eh se contentar com o inevitavel e tentar sobreviver da forma que conseguir.
Pois bem, Avenged Sevenfold. Esse foi o treinamento. A galera comecou a bagunca, e achamos, bem, afinal de contas, nao eh tao ruim assim. O show foi legal, mas eu me animei mesmo quando anunciaram "here comes the almighty Slayer, followed by Iron fucking Maiden". Mas logo mudei de ideia. Novamente, explico. Slayer eh a banda que posso afirmar com certa seguranca, inventou as rodas de porrada nos shows. Quando esses caras comecaram a tocar, logo vimos que aquele sentimento de ruim-mas-nem-tanto era apenas a confortavel penumbra da ignorancia. A plateia tornou-se um deus nos acuda, na conotacao mais definitiva e literal da palavra. Com o tempo, eu simplesmente deixei de acreditar que qualquer acao minha faria da sobrevivencia mais certa, entao me contagiei com a musica, pulei e cantei, balancei a cabeca, e assim foi. Foi legal, mas soh porque nunca mais vou a um show do Slayer. Descobri que gosto, sim, da banda, mas em casa. O show do Iron Maiden foi um evento sem igual. A performace de palco dos gigantes do Heavy Metal eh nada mais do que impecavel. No comeco, existe um estranhamento causado pela quantidade de guitarristas no palco, que dah uma impressao de que ninguem ali tem muito o que fazer, mas logo o carisma do Bruce te faz esquecer de tudo e curtir ao maximo. Fogos, explosoes, robos, palco que move e muda, tudo isso faz fantasia. Muito bom.
O show do RATM acho que vou deixar pro clidi discorrer de forma mais viceral. So direi que foi, sim, excelente; que rolou, sim, as malditas porradas mas, enventualmente, conseguimos um lugar legal e pulamos ate o coracao mudar de lugar e habitar o rosto, pulsando forte e rapido. Lindo.
Enfim, Lisboa foi isso. Nao, nao visitamos nada, nada mesmo, mas fomos vitimas das circunstanceas. Nao somos criminosos do turismo, somos apenas caras largados que acima de tudo querem se divertir. Nao comemos nada alem de macarrao feito por nos mesmos, culpem o cambio da moeda. Partimos para a viagem mais quebradeira de todas, 22 horas de trem direto pra cidade luz, Paris, regados a sanduiches toscos de queijo e... vinho! Foi massa.
Paris! Com certeza eh, ateh agora, a cidade mais bonita que ja estive na minha vida. As ruas, as construcoes, o Sena, ou como diria o lucas, o Airton, os monumentos. Mas, como que para cumprir a lei de que nada eh perfeito, de fato, o que estraga a Franca sao os franceses. Indispostos e de dificil comunicacao, nao nos lembrou nem um pouco os animados espanhois, com os quais passamos tanto tempo conhecendo. Mas a cidade eh maravilhosa.
Bom, chegamos e arrumamos um lugar pra ficar na ultima hora, claro, sortudo que somos. Mas o hostel eh uma verdadeira merda. 5 andares de escada que pode-se dizer a tortura diaria, internet cara, sem lavanderia, cafe da manha esdruxulo, mas, enfim, uma cama para dormir. E isso, em Paris, na vespera da queda da Bastilha, ja eh muito.






Tempo acabando da net, jaja eu volto e conto o resto. Vou la ver a quantas anda a minha lavanderia.






(Estou lendo Saramago demais aqui, as vezes explica alguma coisa, ortograficamente falando)






Bem, voltei, continuando...






Paris. Chegamos, fizemos check-in no que eh provavelmente o pior hostel da Europa, e fomos dar uma volta. Indo pelas margens do Airton, tudo o que se ve eh maravilhoso. Caminhamos ateh a Ille de la Cite, onde localiza-se a catedral de Notre Dame de Paris e a La Consierge, uma prisao famosa transformada em musei. A ilha em si eh um espetaculo de arquitetura, mas a catedral, bem. Acho que, de fato, a expectativa exacerbada estraga o resultado final. Nao eh que a catedral em si seja feia, ou menos impressionante do que se falam, mas eh que a mitica figura que se constroi em pensamento nada tem a ver com a realidade. Ela eh muito mais baixa do que o imaginado, porem mais extensa. Ela eh clara, alva, e eu esperava algo tenebroso, meio sinistro, um cinza fosco com pontas que furam os olhos do ceu. Mas nao eh assim. Eh maravilhosa, principalmente o seu exterior (que eh o caso de todas as igrejas ou templos, pelo o que parece), com grandes torres, mosaicos, gargulas, estatuas, etc. Fotos viram. Enfim, dentro estava rolando uma missa, e foi um evento legal de se testemunhar, ja que a lingua eh frances, nao se entende nada e, logo, soa um tanto mais mistico do que o velho portugues. O altar eh magnifico.



Saindo dela, caminhamos rumo a uma grande estrutura no horizonte que se revelou de fato ser o maior predio existente na face desse planeta, o Palais du Louvre. Esse sim, eh de impor respeito. A excentrica piramide modernissima, que serve como entrada principal ao museu, rodeada pelo o que um dia foi um castelo e uma prisao, predios que formam o museu de fato, e um jardim magnifico que termina no Obelisco de Luxor, que por sua vez da inicio a Place de Concorde, que eh o fim da segunda avenida de metro quadrado mais caro do mundo, a Champs Elisee, que, novamente, por sua vez, la no alto, serve de chao para o Arco do Triunfo. Entendam a imagem: o Louvre, a piramide, a praca, o obelisco, outra praca, a avenida e, finalmente, o segundo monumento mais iconico de toda Franca, alinhados perfeitamente no que soh pode definir-se como uma estratagema para derrubar o queicho e abrir a boca de qualquer mortal. Simplismente fantastico. Mas soh explorariamos com mais detalhes essas maravilhas no dias seguintes.



No outro dia, fomos a torre. Melhor dizendo, a Tour Eiffel, mastro gigantesco que foi criado para simbolizar a forca francesa na Expo Internacionale no final do seculo 19. Ela eh mesmo uma coisa. Muito linda. Muito mesmo. Subindo nela, depois de bastante tempo numa fila infernal, pudemos avistar toda a cidade que, descobrimos, eh branca. Do ultimo andar da torre, a visao eh um absurdo desnecessario, onde todos os pontos de destaque da cidade ficam a mostra. la em cima, algumas atracoes nos explicam que foi o radio que salvou a torre, pois inicialmente, era pra ser um monumento temporario.



Descendo da torre, nos dirigimos para a place de concorde, nao lembro se andando ou de metro, mas chegamos la, fomos para os jardins do Louvre e, ali mesmo, eu deitei na grama e tirei um explendoroso cochilo. Acordei, claro, com meu tenis desaparecido, obra do satirico Jucas Hesar. Dali, fomos procurar o que diz o guia ser a atracao mais visitada da cidade, o Centro Cultural Pompideu. Eu sei, nao faz muito sentido, "mas e a torre???", pois eh. Nao sabemos. Chegamos la, estava fechando, mas deu tempo de usar a net gratuita e postar aquela "rapidinha".



O dia seguinte era O Dia. 14 de julho, Queda da Bastilha, o dia mais importante do pais. Nesse dia, fomos direto para o museu do Louvre para aproveitar a entrada gratuita, e la passamos boa parte do dia. O museu eh um espetaculo, gigantesco e maravilhoso. A maioria das salas sao decoradas com esculturas e pinturas barrocas no teto, e isso nao eh parte da exposicao. Essa ultima eh muito variada e extensa, desde reliquias dos antigos egipcios, macedonios, babilonios ateh esculturas e quadros de todas as nacionalidades de todos os periodos. Uma verdadeira avalanche de arte. Depois de algum tempo andando, tudo fica muito parecido. Visitamos aquelas obras do tipo se-nao-visitou-nao-esteve-no-louvre, como La Gioconda (ou Monalisa), que eh pequena, chata e barulhenta, pela multidao que se aglomera em frente; A Venus de Milo, que tem quase as mesmas caracteristicas da monalisa, com a diferenca obvia de ser uma coisa despedacada da qual nao se sabe o autor; Madona das Rochas, A Liberdade liderando o povo, retrato de Luis XIV, entre outras obras famoseeeeeeerrimas. A colecao e o museu eh tao gigantesco que perder-se dentro eh apenas mais uma parte da visita, de tao inevitavel que eh.



Saindo do Louvre, fomos para a praca em frente a torre, onde ia rolar uma serie de espetaculos comemorativos ao dia. Um palco magnifico foi parcamente usado por cantores e cantoras franceses de diferentes tipos de musica que se encaixam num mesmo rotulo: musica ruim. Entre eles existiu um show daquele tal de James Blunt, que foi mais ignoravel que os outros. Mas, meu deus, como tinha gente! Muita gente mesmo, a perder de vista, todo mundo sentado na grama, fazendo seus lanches, brasileiros aqui e acola a animar a galera com violao, raul seixas e baratas das vizinhas. Foi meio entediante, mas tudo foi compensado pelo espetacular show de fogos de artificio ao fim da noite. Sincronizado com uma sinfonia que ali tocava ao vivo composicoes francesas mais famosas, o estupendo deslumbrar de luzes provocou um silencio singular do que o clidi calcula ser mais de 1 milhao de pessoas. Esse fato quantitativo inicialmente pareceu ser legal, ateh que acabou tudo e fomos voltar pra casa. O problema eh que todos ali precisavam voltar pra casa. Depois de perambular meio sem rumo a procurar uma estacao de metro que ao menos dava para entrar, conseguimos voltar pra casa e desabar na cama.



No outro dia houve folga. Acordamos mais tarde, aproveitando a desculpa de que o Lucas estava perrengue de uma gripe qualquer e fomos para Versailles. Esse sim foi um grande tapa na cara. O que o guia sugeria ser talvez nao o mais suntuoso palacio da Franca, mas do Mundo, foi na verdade um palacio qualquer. O que, para mim, distinguiu essa famosa estrutura de todas as outras que visitamos foi o colossal jardim que la se encontra. Grandes canais, fontes, estatuas, esculturas vivas, flores, enfim, uma imensidao de 3,5km de extensao. Daria um belo pomar, ou campos de futebol. Maravilhoso.



Finalmente, no nosso ultimo dia em Paris, tivemos que esperar algumas horas na estacao para finalmente vir para a Holanda. Mas a conclusao que eu tenho sobre a cidade mais visitada do mundo eh a seguinte: Paris eh maravilhosa, muito maravilhosa, mas pouco divertida. Eh lugar de deslumbrar-se com a historia de um dos paises que mais tem a contar, com monumentos impossiveis e maravilhosos, com a cidade toda linda. Mas, como eu disse antes, irremediavelmente, paris tem um problema: os franceses. E tenho dito.



Ca estamos, agora, na terra do tamanco e dos moinhos. Acabamos de chegar e nao temos ainda muito o que contar, entao, fico por aqui.






Foi longo, mas foi necessario. Sem revisao, ha de existir o perdao ao assassinato da lingua.






Editando, fotos!






domingo, 13 de julho de 2008

Rapidinha

Tempo acabando e teclado maluco frances:

-Fui no show do Iron Maiden + Slayer
-Fui no show do RATM
-Estamos em paris, fui na torre, no arco, tudo loco demais
-Depois falo mais, esse tempo e teclado simplesmente nao da

segunda-feira, 7 de julho de 2008

San Fermin!

Galera, que fim de semana maluco. Saimos de Barcelona com o objetivo de chegar em Pamplona, onde estava (e ainda está) rolando o festival San Fermin, que é aquele onde o pessoal solta os touros nas ruas e a galera corre com eles. Mas o festival é muito mais do que isso. Bem, ao menos, muito mais pessoas. Mas isso vem depois.
Despedimos da galera de Barcelona e fomos pra Zaragoza (denovo). Chegando lá, por mais que a gente tenha andado, nao arrumamos nenhum lugar pra ficar, e o trem que ia pra Pamplona era só no outro dia. Pensamos, nao vao ter jeito, é dormir na estaçao de trem mesmo. Tentamos e fomos expulsos. Resultado: soninho na rua. Que quebradeira hein! A gente dormindo, ou tentando dormir, na calçada, passando frio, no chao duro. Vida de mendigo nao é fácil nao viu. Mas deu tudo certo, sobrevivemos e, eventualmente, chegamos em Pamplona.
E é aqui que as coisas começaram a dar certo. Sem lugar nenhum pra ficar num lugar que mal dava pra andar devivo ao numero de pessoas nas ruas, começamos a caminhar e a vibrar entre a multidao com a mochila nas costas. Depois de muito tempo andando pelas ruelas, nos perdendo e achando o caminho várias vezes, conseguimos chegar ao albergue de pereguinos do caminho de santiago, onde tínhamos esperança de conseguir uma cama, ou ao menos um lugar para jogar as mochilas. Batemos na porta e mandamos um ¨hay plazza?¨ e, como resposta, ouvimos um ¨si, hay, tres¨. Quase pulamos de alegria, felicidade e todo mais qualquer sentimento bom que exista. Deixamos as mochilas, tomamos um banho e fomos festar. De manha, depois de muito andar pela cidade e pelejar muito com trens lotados e pessoas com más intensoes, estamos aqui, em Madrid, esperando por um trem que nos levará a Lisboa. Enfim, depois eu conto com mais detalhes sobre cada um desses acontecimentos, porque sem fotos fica sem graça. Amanha, no albergue, provavelmente. No mais, ta tudo de boa aqui. Acho que ainda vai dar pra pegar a Queda da Bastilha em Paris. Imagina isso: show do Rage Against the Machine, final da Eurocopa em Madrid com España campea, Festa de San Fermin em Pamplona e Queda da Bastilha em Paris! É o mochilao mais sortudo ever!!!!!!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Nao é que vim mesmo.

Bom, to no locutório, entao aqui vao algumas fotos.




Isso é a Sagrada Família.




Nós denovo na Sagrada Familia.



Alguma coisa massa no horizonte de Barcelona.



Mais uma da catedral de Gaudi.




Eu, hoje, depois do almoço.

Pessoas.


Sao as pessoas. Barcelona tá tao massa que decidimos ficar aqui mais um dia. Ontem, juntou uma galera gigantesca, assim mas muita gente mesmo, e comecamos a jogar esquemas que fazem beber. Primeiro a gente mandou um King's, que é um jogo com cartas que faz voce beber MUITO. Depois um que chama Fuck me, que é hilário. Nunca vi gente de tanto pais diferente tao bebado e todo mundo junto. Assim, foi uma coisa massa demais. Pessoal alucinado. Haviam australianos (maioria ontem), suiços, americados, alemaes, brasileiros, poloneses, letonianos e mais um monte de gente. Acabou todo mundo na praia no meio da madrugada, perturbando o sono dos nativos :D Foi massa demais da conta mesmo. Quando der eu mando foto aqui da galera alucinada.
Entao, ontem foi isso. Só isso. Conversar com a galera, depois beber com a galera. E foi um dos dias mais massa da viagem até hoje.
No mais, alguns fatos interessantes: perdi meu chinelo na praia. Estamos fazendo macarrao no almoço todo santo dia porque é bem barato. Toda noite a gente muda de quarto. A mochila parece cada vez mais vazia, nao sei onde as coisas estao indo parar.

Gente, foto é complicado! Aqui no alberge num tem como, entao pra colocar a gente tem que ir pra um locutorio (mistura de lan house com cabine telefonica). A gente até tentou colocar alguns videos no YouTube, mas eles sao grandes demais. Mas de vez em quando vai dando certo. Coloquei uma foto aqui da Sagrada Familia que nao foi a gente que tirou só para que os preguiçosos que nao procuraram possam saber o que é. Ela está incompleta, vai terminanr só daqui uns 20 anos, é construida com grana de doaçao e é a coisa mais loca que eu já vi até agora. Parece uma versao gigantesca daqueles castelinhos de areia, quando vc pega areia molhada na praia e vai deixando escorrer e formando torres. Tem MUITOS detalhes e tal.

Entao, a gente vai ficar aqui em Barcelona (na verdade Badalona é a cidade que a gente tá, mas é tipo Sao Paulo e Guarulhos) até amanha, e depois vamos ou pra Valencia, San Sebastian, ou Pamplona . A verdade é que a gente nao faz a minima idéia.

Bom, é isso. Mais tarde vou ver se consigo colocar fotos aqui.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Barcelona rox!

Galera, eu tenho duas palavras: Sagrada Familia. É a coisa mais impressionante que eu já vi. A catedral ainda nem está pronta, alias, longe de estar, mas já é demais. Tem cada detalhe, cada coisinha, nossa. E é gigante! Muito massa demais da conta mesmo. O resto de Barcelona é legal também. Muita coisa projetada pelo Gaudi, que pra quem nao sabe, é um arquiteto maluco ae que fez altas coisas muito loucas. O cara praticamente definiu Barcelona. Um dia eu coloco fotos daqui, mas isso pode demorar.

Para esclarecer, nós nao temos nenhuma certeza de onde vamos depois daqui. Estamos planejando em participar do Bar Crow aqui, que é um esquema que voce junta com uma galera, paga 15 euros, vai pra 4 bares diferentes, bebe a vontade. É bem massa. E dai sair daqui depois de amanha, tipo lá pro meio dia. A gente ta pensando em ir pra Valença, ou Salamanca, ou Nice, ou Pamplona, sei la. Tudo o que a gente sabe é que dia 10 temos que estar em Lisboa e dia 08/08 pra voltar pra casa. Mas isso ainda está longe :D

Hoje foi um dia tranquilo. Como sempre, estamos aqui no albergue tomando uma ceva (Xibaca, 1,30 o litro, boa cerveja) e batendo um papo com a galera. Albergue é sempre uma atraçao a parte. Uma das mais legais pra falar verdade.

Entao, é isso galera. Amanha tem mais. Falow!

E sim, bixim, aquilo era um limao. Mas nao ajudou em nada!

FOTOS! FINALMENTE!



Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro Sancho Pança, observados pelo seu criador, Miguel de Cervantes. Praça de España, Madrid.



Lucas e Clidi, olhando o cardápio de um restaurante madrileño e exclamando "Muito caro!". Well, basicamente o Lucas só. Cara pao duro viu.



Clidi achando que para atravessar a rua, tem que fechar os olhos. Madrid.



Palácio Real, em Madrid. massa.



Clidi tirando foto do Lucas tirando foto do Clidi. Plazza Tirso Molina, Madrid.








Ah meu deus olha o que eu comi! Barcelona









Hotel na Plazza de Sant'Ana, Madrid.









E aparece o lucas! Isso em lisboa. Esse fdp tá a mesma coisa.









Mochileiros Jumbalianos na praça em frente ao Museo del Prado, Madrid.









Esse é o rio Tejo. Por um momento, nós (eu e o lucas) achamos que era o Atlantico. Mas logo passou. (Lisboa)



Depois tem mais galera.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Barcelona Time!

Eae galera! Estamos aqui em barcelona agora, capital da Cataluña. O mais interessante, até agora, é saber que, se em Madrid o pessoas lotou uma praça e nao deixou a cidade dormir, aqui em Barcelona ninguem nem assiste o jogo. É interessantissimo esse esquema de divisao, pais Basco, Cataluña e o resto da Espanha. E olha que de Madrid ateh aqui sao soh uns 450 Km! Muito esquisito cara.
Entao, pegamos um trem em Madrid e paramos e Zaragoza. Descemos, olhamos, andamos, entramos no trem de novo e viemos parar aqui em barcelona. O trem é bem de boa, e viajar observando o campo da España é muito legal. Muitas cidadesinhas bem pequenas, pueblos, igrejas medievais detonadíssimas, mini plantaçoes de um monte de coisas, enfim, bem simples mesmo. O contraste com as áreas metropolitanas é bem maior que no Brasil. E é tudo muito bonito, vegetacao, o céu, montanhas, etc. Isso com um sol às 22h neh :D
Um fato interessante que ocorreu: chegando aqui, fomos a um restaurante. Como nao entendemos bulufas do cardápio, resolvi mandar um random. Me chega um prato com UM MONTE DE PEQUENOS POLVOS NUM MOLHO DE WASABI. Eca. Muito ruim cara. Primeiro random nao deu muito certo mesmo. Tirei fotos da coisa feia. Amanha prometo que coloco isso aqui ou no Orkut.

Respondendo aos comentários:

Miltao: o jogo que se foda cara :D o que importa sao, como diz o clidi amiltonando as coisas, 50 mil pessoas gritando numa praça que foi feita pra acolher umas 1000. Bem legal. E que tanto de mina bonita maluca cara! Voce ia ficar maluco aqui, nao ia dar pra apreciar tudo.

Bixim: cara, muito mesmo. Show do Muse é phoda, mas nao compara nemmmmmmmmmmmmm. Assim, 2x10^26 vezes melhor. Até voce que nao da bola nenhuma pra futebol ia torcer e vibrar com a galera. Muito massa mesmo.

Carol: comida é foda. Tem todo esse esquema de comida tipica e tal, turismo, mas num final do dia, cansado, com fome, a gente quer mesmo uma coisa que é certeza que é bom. E aqui tem coisa demais pra fazer, muito lugar pra visitar, castelos, museus, praças, monumentos, obras arquitetonicas, fontes, tuneis, estatuas, obeliscos, etc. Dae a gente pensa: é comer ou visitar aquele esquema que tá ali desde 1347. Nem precisa pensar duas vezes :D

Frá: a mochila ta foda. Mas a gente anda com ela muito pouco, porque a gente deixa ela no albergue e sai pra andar por ae só com o que é necessário. E esse esquema dos europeus tá errado: é muito mais do que 6 :D

Mammy: como eu disse, a viagem de trem foi tranquila e bastante agradável. O trem é satisfatoriamente confortável, e como tava bem vazio, dava pra meter o pezao no banco da frente.

Milhouse: cara, é, tá, nao é culpa do Picasso, mas isso certamente nao faz a menor diferença. De qualquer forma eu nunca estive muito aí pra quadros de 2x2 pendurados em uma parede de 20x20, onde nao pode falar muito alto por motivos obscuros e se perder é relativamente obrigatório. Mas eu te entendo. Há uma ansiosidade inicial quando voce está de frente pra uma coisa que, se vendida, daria uns 550 milhoes de dólares. Mas isso passa. É muito mais expressivo as ruelas de Madrid, com construçoes altas e expremidas entre si, pequenas praças com estátuas maravilhosas onde o pessoal senta, toca um violao, um violino, uma gaita, etc. Andar e ouvir umas 14 linguas diferentes simultaneamente. Sentar no meio de um gramado gigantesco, tranquilo, na sombra, e bater um papo sobre a colossal fachada do museu na sua frente. Teorias sobre compensaçao ao tamanho do penis em monumentos (coisa mais francesa do que espanhola, mas vá lá), deuses astronautas, invasoes mouras, romanas, gregas, barbaras, etc. É um brainstorm constante. Muito massa mesmo velho. E o on the road tá constante a todo momento. Ainda mais quando a gente pega um trem ainda sem saber direito pra onde vamos, onde vamos ficar, o que vamos fazer, ou qualquer coisa desse tipo. E etc. Eu tenho certeza que voce me entende :D

No mais, é isso ae. Amanha se nao tiver uma foto aqui, pode ligar pra Interpol, ou pra PF, ou pro Homem Cueca, porque alguma coisa certamente aconteceu.

Volto a dizer, brasileiro é praga! Tá pra todo lugar aqui! :D

Beijos e abraços.

clidi.blogspot.com

domingo, 29 de junho de 2008

España campea de la Eurocopa!

Gente, hoje a Espanha jogou contra a Alemanha em Viena para decidir a final da Eurocopa. Pra quem nao sabe, isso é basicamente uma compa sem o pessoal da américa. Muito massa! Rolou um evento GIGANTESCO na Plaza de Collon, onde milhares de madrileños e pessoas de todas as partes do mundo se reuniram para acompanhar juntas o jogo. E o povo daqui é maluco. Pode'se dizer que a cidade ficou completamente fora de controle. O tempo todo a gente via pessoas vestidas de vermelho e amarelo andando pelas ruas, pracas, metros, etc. Gritando, apitando, sanfonas, "Yo soy Español!" e etc. Imagina como ficou essa cidade depois que a Espanha venceu por 1 a zero. Bagunca total. Aqui sao quase 1h da madruga e o povo ainda está buzinando e gritando feito doidos. Me deu a impressao de que o povo espanhol é bem mais apaixonado por futebol do que os brasileiros. Acredite se quiser. Muitos vídeos e fotos foram "sacados", e eventualmente eu coloco aqui. Denovo, internet de albergue nao presta.

Hoje fomos também no Museu del Prado. Como exposicao permanente, existem obras de vários pintores e escultores clássicos e barroco. É... legal. Por aí. Havia tambem uma exposicao temporaria de um monte de obras do Goya. Legal também. Eu nao estou me dando muito bem com museus nao. Sao legais e tal, mas é dificil sentir algo daquelas figuras. Pelo menos pra mim.

Frá, comer aqui é dificil. É tudo muito caro! Jesus amado. Comida típica que eu mandei já foi um Bocadillo de Calamares, que é uma espécie de sanduiche de lula frita. Gostei muito. E nao dá muito tempo de comer também. O problema maior é água. Pessoal todo com alguns sintomas de desidratacao. O calor aqui está impessionante.

Olivia, nao! Nao rolou nenhuma balada aqui ainda. Madrid é um lugar bem agitado, mas nao vamos conhecer essa parte aqui, parece. Amanha, no entanto, estamos indo pra Barcelona, que é, possivelmente com a excessao de Ibiza, o lugar mais badalado da Espanha, e um dos mais da Europa. Entao, com certeza vai rolar muita coisa lá :D

E daddy, nao. Nao muito. O que eu mais bebi aqui foi a Budweiser, nao sei bem se é assim que escreve. E ela definitivamente nao é espanhola. Bebi uma tal de Estrella Damm, nao gostei muito. Essa sim é espanhola.

Bem pessoal, é isso! Eu ainda vou ficar devendo fotos e videos. Mas hoje foi um dia massa. Foi muita sorte estar em madrid quando na final da Eurocopa, com a Espanha campea. MUITA sorte. Amanha, possivelmente, estarei postando de Barcelona, entao, até lá!

Beijo mammy! Beijo dindinha! =*